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terça-feira, abril 1, 2025
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Receita fecha o cerco e passa a monitorar dados de cartões de crédito e PIX

Com o início de 2025, a Receita Federal começou a utilizar novos mecanismos para monitorar as transações financeiras dos contribuintes. Além dos dados já fornecidos por bancos tradicionais, o órgão agora receberá informações de operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento.

As instituições de pagamento são empresas que viabilizam operações como compra, venda e movimentação de recursos, mas que não oferecem serviços de crédito, como empréstimos ou financiamentos. Exemplos incluem carteiras digitais, varejistas de grande porte e bancos virtuais.

A Receita já coleta informações sobre operações financeiras como PIX, aplicações financeiras, seguros, previdência privada e investimentos em ações. Agora, com a ampliação, esses dados serão complementados por informações semestrais das operadoras e instituições de pagamento.

Essa medida foi anunciada em setembro de 2024 e entrou em vigor neste mês.

Os dados serão enviados à Receita Federal por meio da declaração semestral e-Financeira. A primeira entrega ocorrerá em agosto de 2025, referente às transações realizadas entre janeiro e julho do mesmo ano.

Os limites para envio de informações são:

R$ 5 mil para pessoas físicas, considerando o montante total movimentado por operação (PIX, pagamentos ou investimentos).

R$ 15 mil para empresas, nas mesmas condições.

As novas regras visam identificar irregularidades fiscais e garantir o cumprimento das leis tributárias. Segundo a Receita, esses dados também reforçam o compromisso do Brasil com o Padrão de Declaração Comum (CRS), promovendo transparência nas operações financeiras e combatendo a evasão fiscal em âmbito global.

“As medidas aprimoram o controle e fiscalização das operações financeiras, garantindo maior coleta de dados e contribuindo para a transparência das transações realizadas pelos contribuintes brasileiros”, destacou a Receita Federal em nota oficial.

Com a ampliação da fiscalização, é esperado um aumento no cruzamento de informações financeiras e maior rigor na identificação de inconsistências. Contribuintes e empresas devem redobrar a atenção no cumprimento de suas obrigações fiscais para evitar penalidades e garantir a conformidade com as novas regras.

O objetivo declarado é combater sonegação, mas as multas de até 150% e o cruzamento de dados com o Imposto de Renda levantam dúvidas: será que o alvo são realmente os grandes sonegadores ou a classe média?

Mais controle, mais arrecadação… e quem paga a conta?

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