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A Câmara Municipal de Canoas aprovou ontem a noite (14) a cassação do vereador Giovanni Rocha por improbidade administrativa. A sessão especial durou cerca de 13 horas e foi bastante conturbada, com vários pedidos de recesso e protestos com faixas por parte dos apoiadores do vereador.
As investigações que levaram a este desfecho começaram ainda em fevereiro, partir do pedido protocolado pelo advogado Jairo Wilson Oliveira Silveira. Segundo a denúncia, três servidores estabelecidos no gabinete de Giovanni Rocha estariam recebendo salários de assessores sem, no entanto, exercer suas funções. Ainda de acordo com o relatório, os assessores estariam atuando em uma ONG do município, chamada "SOS – Casa da Acolhida" que era presidida pelo marido do vereador, o que configuraria desvio de função e conflito de interesses.
O processo de ontem foi conduzido pela Comissão Processante (CP) formada pelos vereadores Gabriel Constantino (PT), Aloísio Bamberg (PSDB) e por Rodrigo D"Avila (Novo), todos escolhidos através de um sorteio prévio. Após todo o rito, a Comissão deu parecer favorável à cassação, que logo em seguida foi referendada por 19 dos 21 vereadores. A decisão foi considerada inédita para o município, sendo o primeiro caso de cassação de um vereador na história de Canoas.
O parlamentar, eleito com 2459 votos perde o mandato, mas deve recorrer judicialmente à decisão da Câmara. No lugar de Giovanni deve assumir o suplente Patetta (PSD).